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Decepção Natalina

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Depois dos presentes, da ceia calórica, das sempre recorrentes conversas, fofocas, dramas de família; do Natal, o que nos sobra? Uma tradição corrompida pelo tempo e pelo mau uso, uma história repetida à exaustão desde sempre.  E presentes. Depois da maratona de filmes bobos na TV, eu não espero mais nada. O que quero mesmo é chorar diante da banalização da data, da história, diante do ato de se criar uma celebração estúpida, fria e esquisita, na qual todos dizem reinar um espírito diferente, uma paz superior. Bobagens! Reina o Capitalismo, rindo em seu trono dourado, sem renas ou trenó algum, mas com sacos cheios de dinheiro. Acusem-me de destruidora dos sonhos e eufemismos.  Para mim, tudo isso não passa de uma grande farsa, tentando nos afastar mais e mais das coisas que se devia pensar em 25 de dezembro. Talvez fosse melhor se, esse ano, Papai Noel imitasse o Grinch e levasse todos os presentes embora. Se ele ao menos existisse...

Feridas

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É engraçado. Não dói mais tanto. Ainda sangra, algumas vezes, mas é tão pouco que eu quase acho que é natural... Talvez agora já tenha passado a excruciante pontada que travava meus movimentos. A dor, aguda e cortante, dos cacos duros de amor consolidado farpeando o tecido quente. A dor de cada batida da massa sangrenta e pulsante que é meu coração. Talvez a essa altura as bandagens, fiapos de algodão, tenham conseguido cobrir os talhos fundos na pele macia. Talvez estejam já se formando róseas cicatrizes frágeis, ao sabor de dissonâncias. Talvez a dor tenha ido embora. Entretanto, as feridas ficam. Pálidas lembranças do meu pior inimigo: Que além do corpo, me aleijou a alma.

Redenção

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Por outro lado essa raça horrível tem muita coisa de bom. Inventamos a ciência, estudamos as estrelas, a comida, os insetos, a terra, o mar e o ar. Estudamos o nosso corpo, demos á luz crianças, vivemos milênios memoráveis, Eras do Ouro, revoluções. Seja na Torre Eiffel ou na Muralha da China, demos um jeito de modificar o ambiente em que vivemos. Desde os sáris indianos às havaianas, os tempurás ou os cigarros Havana, criamos e recriamos inúmeras geringonças, cores, sabores, texturas, identidades, preferências. Num mundo tão cheio de gentes que pensam diferente, se estabeleceu a base de todos os males - mas isso por um acaso faz o planeta deixar de ser maravilhoso? Um sorriso. Uma borboleta. Um pingo d'água. Um arco-íris. Tanta coisa clichê que faz parar por um momento a mente, e refletir... Será que vale a pena acabar com tudo isto aqui?

Destruição

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De alguma maneira, sei que as coisas serão como tem que ser. As catástrofes acontecem, e aconteceriam de qualquer jeito; nós, humanos, provocamos a ira das forças naturais. De certa forma, nós merecemos - e já faz algum tempo - por causa do nosso consumismo, nosso desenfreio, nossa exploração. Abusamos de tantos recursos, criamos usos, assassinamos bichos, queimamos plantas, mais, muito mais do que poderíamos. Mais do que precisávamos, e esse é o crime pior. Ao aniquilar-se a mais chata,  irritante, abusada e devastadora espécie já presente neste planeta (vejam bem, ganhamos dos pernilongos), uma nova era é criada, e muito mais leve, decerto. Por outro lado...

Além-Mar

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Vento nos cabelos, eu fecho os olhos e sinto... O cheiro de mar do Rio. Os postes de luz laranja observam silenciosos. O quê procurar? Navios, naufrágios, nomes, conchas... Talvez um som. Uma melodia perdida nas ondas, que me leve ao meu amor... Sem sapatos, sem meias, sem nada. Só levo na boca o amargor de saudade. Quando vou te ver de novo? Areia nos dedos dos pés e algas nos bolsos da calça. Procuro uma pista, um desenho feito de espuma, um lugar pra te encontrar... Talvez mapas nas estrelas, um bilhete flutuando - a lembrança que canta todas as noites e enche meus olhos de água. Tudo o que eu sempre quis foi te trazer aqui. Passar a noite na praia, colocar teus pés na água, apostar corrida tropeçando nos rastros das ondas... Beijar teus lábios doces e fazer, do mar, testemunha. Te abraçar ao sabor do vento, aquecer teu coração. E então esquecer, nesta noite, nossos medos e fraquezas. Fingir que seria pra sempre, meu peito contra o teu, teus braços em mim. Fingir que todos os

Relicário

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Sei que você vai ler. Sim, você. Sei que conhece a palavra, e que a gente não fala mais nela, mas o relicário está lá (eu espero). Sei, pelo jeito que você me abraça, que ainda sente algo e que é difícil esconder. Relaxa, eu também acho, e a gente talvez tenha errado... Eu, você. Um erro que puxou outro, e ainda assim, caramba, pra quê.  Amores costumam ser complicados. Penso em você com certa frequência - tenho um relicário mental. É assim que as coisas são... Papéizinhos com respostas levam mais que só palavras, levam toda a nossa história. E eu estava em paz quando você chegou...

E se?

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E se a gente se casasse, do jeito que você nunca quis Nunca acreditou que seria E se um dia a gente tiver um álbum de fotos Tão brega quanto são todos Oa álbuns de casamento Tão cheio de flores e champanhe e sorrisos maqueados Com blush, rímel e mágica E amigas com inveja Tentando alcançar o buquê? Meu bem, e se a gente tivesse Alianças gravadas E se fosse o seu sobrenome Alongando o meu E se fossem os seus olhos Nos rostos das minhas crianças E se a gente se tornasse apenas mais um clichê?

Culinária

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O chiado do óleo quente ressoa  nos ouvidos já agitados. No fundo da frigideira, brilha um fogo azul com poder de transformar qualquer massa insossa em bolos, biscoitos, panquecas, suflês. Cozinha é um laboratório de mágicas. O cheiro de curry inunda as narinas e infla a mente de lembranças da Índia, de tigres, elefantes brancos, de pingentes brilhantes, de cítara suave. Um pingo de chocolate na boca, gosto de infância, de arte, de avó, de bolo de aniversário, dedos melados. Coentro, salsa, cebola queimada fritando na manteiga, e aquela fumaça que sobe como que viva para despertar sabores, amores, desejos, há tanto perdidos! A sinfonia da água lavando folhas, enchendo frascos, a colher de pau no jarro de vidro inventando limonada. Semente de abóbora, talo de aipo, colher de chá, de sopa, de suco, de sonho. -Dá uma provinha? É abrir a boca e deslizar a colher; quente de molho vermelho, de amor, de tempero, de saudade presa em pote e despejada às pitadas, de alma aberta e pal

Lista:

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Dar menos importância às pessoas, ignorar opiniões, esquecer ofensas; deixar tudo para trás. Trocar de ares, de roupa, de música, de cor do cabelo - ser outra pessoa por um dia ou dois. Tomar banho de mar e deixar por lá as mágoas, as dores, lavar o rosto, lavar as mãos, molhar os lábios de água salgada e lavar também a alma; desapegar de tudo o que nos impede. Escolher um novo livro. Escolher um novo amor. Renovar nossa percepção... Pisar novos caminhos. Seguir sozinho, acompanhado, seguir de mãos dadas, olhos fechados. Confiar.  Mudar a razão de ser, esperar o segundo sol - colorir o céu. Escurecer arco-íris, clarear dias de chuva, pisar nas poças de água, rabiscar corações no caderno. Se apaixonar sem medo, e terminar sem amargura.  Rir em todo começo e lembrar, em qualquer final.

Mudança

Sinto falta das conversas, dessa amizade que a gente tinha. Sinto como se a cada segundo estivesse mais perto de se perder, estamos mudando. Mudei meu cabelo, meu jeito de falar. Estou mudando meu foco, meu jeito de ser, e os nomes e rostos que me alegram o coração - mudei tanto! Não quero mudar você. Você costumava ser meu ponto de lembrança, minha ligação, algo pra não deixar o passado se perder de vez. Você - uma das únicas coisas das quais eu não quis me esquecer. Você sabe o que eu passei, o que pensei, você sabe quase de tudo. Sinto falta das risadas, dos seriados. Você me disse uma vez que sempre estaria lá, e eu achei que nunca me sentiria assim - nesse vazio. Sem lugar pra correr, pra me esconder, porque eu achei que teria você. Por favor, não suma assim... Eu preciso de ajuda, como sempre precisei. Você acha, mas não sou forte. Sou só humana.

About Words.

Hazard. Serendipity. Words. Words are all around. Perhaps they mean something, perhaps they don't; perhaps they don't really want to mean anything, to anyone. Has anyone ever asked words? If they like? If they wanna be said? If they like their meanings?  What about Sorrow? Has someone asked sorrow if this is the life it was expecting? What about Death? Did it really want to be said in the situations it is said? And Love. Love, with all the banalization, it's said a hundred times everyday. Does it agree with its meanings? Does Love agree with the 'lovers'? Impossible to say. Unfortunately, when Doubt came to visit me, there was no Answers home.

Gabriel

As pessoas dizem que ele está no céu Mas eu não sei Penso em nuvens de algodão E já não sei, e estou assim Desmoronando por dentro Como a vida de todos os que ficam De todos que o perderam... E ele só tinha dezesseis E eu já não sei Tento não duvidar De mais do que já duvidei Ainda assim, talvez Aquelas estrelas ali Conheçam o caminho Quebrando idéias Como os cacos de vidro. É mais difícil explicar Quando estamos tentando acreditar Na própria explicação É mais difícil fingir Que os motivos estão aqui Sem usar a razão Sem se perguntar "Por quê?" E enquanto isso lá fora Há gente jogando no lixo A vida e a saúde que tem E o sol não deixou de nascer Ele ainda assim foi embora E não deixou nada mais claro com o amanhecer Não sei, não sei Existem dias frios demais Para que os anjos possam voar Talvez as pessoas sejam Apenas pessoas, que um dia se vão E eu tenho que me acostumar.

Pra onde?

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Você aí, já sabe onde vai? Não, eu não. Não sei, e sabe, acho que nem quero mesmo saber. Eu tenho tempo! Tenho sim, um tempo ainda, pra correr por aí, pra me perder, pra cheirar as flores. Tempo pra fazer escolhas, e consertar erros, e errar outra vez, e outra vez, e outra vez. Pra cair, ralar o joelho, a alma, o orgulho, ralar-me inteira e aprender que tudo tem cura. Pra aprender a ser segura, a me garantir sozinha. Pra ser princesa, pra ser rainha... Pra ser o que eu quiser ser. Até pra pilotar Kart! Eu tenho tempo, agora. Não preciso decidir que placa vou seguir. Qual caminho escolher, ou quantos quilômetros percorrer em busca de sonhos que, muitas vezes, perdem seu brilho na estrada. Não, ainda não. Por enquanto vou meio perdida, sem ter chegada ou partida. Quero ir sem velocímetro, sem indicador, sem combustível.  Pra algum dia achar um lugar ao qual eu realmente pertença e sorrir, olhando as curvas do mapa, com rotas marcadas em caneta azul.

Aniversário

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Outro ano, alguns docinhos, talvez uns quilos… O que mais é um aniversário? No meu caso, uma festa e um quinhão de trabalho. Me pergunto se dentro de nós, ele significa alguma coisa - ou se a nossa sociedade absurda já extinguiu até mesmo a reflexão do simples ato de aniversariar. Soprar velinhas? E aí? Depois disso, vida nova. Outra oportunidade. Maneiras de se descobrir. Mais responsabilidade… Quem sabe até mais afeto? A gente sempre espera mais maturidade pra não repetir os erros. Envolta por chocolates, embrulhos, celofane e refrigerante, penso se a graça de se envelhecer não é justamente essa: Saber no que as coisas dão. E, caso elas sejam deliciosas, errá-las despreocupadamente: Por quantos anos seja preciso.

Essas coisas.

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Saudade de pessoas que eu sei que não se lembram, vontade do abraço de quem nunca vai ligar... Às vezes acontecem aqui em mim uns sentimentos, que eu não quero sentir mas não consigo me parar.

Teatral

Uma, duas falas Amores, risadas Por um momento, queria tanto Ser mais que só personagem. Você sente isso também? Por favor, me diga que sim Se você me der sua mão Sei que vai ficar tudo bem. Todas as palavras, pensamentos, os detalhes Somem na imensidão do sentimento, um mar de vozes Um par de gestos, clamor de frases Se prolongamos, nossos olhares. Pois nós sabemos, todas as cores Todas as cenas Que acontecem, quando a cortina, depois da peça Enfim se fecha.

Me desculpem (?)

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Olá a todos que seguem meu blog e a você que só está de passagem, espero que estejam bem! Queria pedir desculpas pelo hiato de posts, mas "forças misteriosas" tem atuado sobre minha inspiração e também sobre meu computador. Provavelmente não postarei até me mudar de casa (subentendam-se alguns meses). Vou deixar um poeminha e uma frase hoje, e volto quando puder... Me desculpem (?)

Devolva-me

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Todas a vida que eu tinha, aquela alegria assim, simples - você levou. Será que soube? Que notou? Meu bem, onde tem guardado minhas coisas? Os meus bilhetes, meus sorrisos, as mensagens que te mandei! Está com elas? E as nossas fotos, e os chocolates, e as nossas frases?  Será que você, por acaso, foi pegar o amor e levou também minha força? Procure, por favor, por aí. A dor ficou comigo, por quê não a leva também?  Quanto ao resto, devolva-me.

About Taylor

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A dream coming true - I can hardly believe! So here it is, the opportunity I've been waiting for so long... Thanks Taylor, for all your songs. Thanks for being the voice in my dark moments. For saying what I needed to hear, for giving me strength to still believe, to persist hopefully at my way. I truly admire you, and hope I can give you a hug - because I have to express the "thanks" that every brazilian fan wish they could say personally. Taylor, we love you!

Planos

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Estou escrevendo coisas. Desenhando histórias. E o tempo todo, crio curta-metragens mentais. Tiro fotos. Cozinho coisas. Já é quase aniversário! Guardo papéis na gaveta, na pasta, na cômoda - mil e duas listas feitas, incluindo compras, coisas, desejos e prioridades. Talvez só sonhos. Talvez metas. Para mim, planos. Quero comigo toda fazê-los acontecer. E a vida? Segue indo. Ela tem planos próprios.

Pílulas

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Sabe, está difícil. Complicado, continuar assim. Fingindo que tá tudo certo, que estou sem problemas, que estou superando. Que quase esqueci. Sinto como se as pílulas de alegria que tomo todos os dias estivessem lutando em vão contra um mal incurável.  Alívio passageiro, sem efeitos colaterais - só que fortalecem o vírus, e eu pioro ainda mais.

Me pergunto

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Me pergunto tantas vezes se você sente as mesmas coisas.

Agradeço

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E ultimamente, tudo o que tenho é a gratidão. Já fui cheia de amor, preenchida de saudade; já fui feita de tristeza e emanei felicidade - agora tenho paz. Agradeço pelo que foi, pelo que fomos, pelo que somos hoje. Pela dor e pelos sorrisos que você me proporcionou (tudo em grande quantidade), pelos abraços e lembranças que nunca se apagarão. Por te ver, e por saber que dias melhores virão. Por tudo isso, agradeço a você, à vida, aos céus... Aleluia, aleluia. Muito obrigada, Deus.

Devia

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Você devia vir aqui e nós devíamos assistir um filme, e eu devia rir de alguma careta sua e você devia segurar a minha mão e eu devia te provocar com alguma piada boba, e a gente devia ser como era antigamente. Ou eu devia jogar fora esse medo de me apegar às pessoas, guardas seus bilhetes na gaveta e tentar escrever novas histórias.

Chocolate

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Agora chega de tristeza, quero felicidade. Se ela estiver difícil, que seja, então, chocolate.

Meio errado

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O mundo me parece bastante ruim agora. Meio errado, e fora do lugar. Como se fosse tudo um filme em branco e preto, só pra me fazer lembrar. É bobagem, eu sei, e não há quem possa dizer; mas meu coração insiste que tudo se acertaria se eu estivesse com você.

Você lê?

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Eu olho para o celular, pela janela, pelo vão da porta, espero. Algum sinal seu, uma carta, mensagem, uma pergunta boba ou não sei, você no portão, perguntando se pode tomar um copo de água, que estava passando e o dia está quente, sabe como é? E nada. Então, fazer o quê - escrevo. Você lê?

Rotina

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Só por ver algo que você escreveu, e que não foi nem pra mim, eu já me sinto feliz. Por saber que você está lá, provavelmente na sua cama, ouvindo música baixinho porque agora já é tarde. Você está lá, bem ou mal, vivendo; longe da minha vista, mas perto do coração. Vai guardar o notebook agora, talvez bocejar, apagar a luz. Vai pensar em algo - não em mim. Pelo visto, você nem lembra mais. Mas vai fechar os olhos, se remexer um pouco, depois, finalmente, dormir. E eu vou fazer o mesmo, e agora ao menos em paz - tenho feito isso esses dias, te visto de longe, só pra ouvir sua voz. Só pra saber que está bem. E hoje à noite, na hora que eu me cobrir, vou fechar os olhos e pedir a Deus, outra vez, que cuide de você por mim.

Dias difíceis

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Tem dias que eu só agradeço por ter conseguido atravessar.

Já?

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Você já quis ser a melhor lembrança da vida de uma pessoa?

Só hoje

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E tudo o que eu mais queria, hoje especificamente, era ouvir a sua voz, te dar um "oi" e te abraçar, bem apertado.

Impotente.

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Poxa, você não me sai da cabeça. É a todo momento, uma coisa constante; assim como o murmúrio do mar num dia calmo, você é uma música de fundo que eu não parei de escutar. É o "cricrilar" dos grilos que cantam a noite inteira, são as rugas na madeira, impossíveis de tirar. Você me é inerente. E eu sou mesmo impotente pra te tirar daí, pra te tirar de mim, pra pensar em outra coisa, em outro dia, em outro alguém. Estou ainda parada, empacada em nós... E o porquê, eu não sei.

Pesadelo

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Eu queria que tudo isso não tivesse passado de um sonho ruim; e que eu tivesse acordado hoje e te conhecido hoje, e que fosse dormir essa noite pensando "Agora eu já sei, e tudo vai ser diferente".

Única lembrança

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O tempo, criança, é coisa que passa. O hoje empoeira e se torna passado, e o amanhã, assim que chega, vira cinza. Aproveita, que ainda é cedo - antes que as folhas brancas amarelem, que os licores se adulterem, que os sorrisos endureçam. Ame agora, antes que teu cabelo esbranqueça, que tua força se esmoreça, que a palavra, guardada, pereça. Não permita  que as confissões proibidas de diário se tornem a única lembrança.

Talento

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É fácil achar, sabe, a felicidade. Naquela roupa que você gosta. Na curvinha na ponta de uma mecha de cabelo. Na expressão engraçada na contracapa de um livro. Em ter um chiclete de hortelã na bolsa quando se quer. Em dobraduras de papel. Naquela rachadura engraçada na calçada. Na caneta mais colorida do estojo. Em corar, quando alguém te elogia. Nos seus amigos mais loucos. Em mostrar a língua pro espelho. Em se espreguiçar de manhã. Na pintinha que a pessoa que você mais ama tem no ombro. Num relance de sorriso. Em folhas recicladas, meio beges. Em relógios bonitinhos de ponteiros. Em fitinhas de cabelo. No chocolate! Em desenhar vagarosamente um alfabeto de cursiva. Em contar estrelas. Em escrever no braço. Nas borboletas. Em todas as coisas que são feitas - que são encontradas, e amadas mais a cada segundo. Reparar nelas; e até na noite mais chuvosa, no dia mais sombrio, inventá-las com capricho.  Isso, sim, pra mim, talento.

Ah, mudei ?!

Sim, voce aparece, feliz, por aqui. E mexe no meu cabelo, e me fala que eu mudei, que estou escrevendo bem que gostou deste pensamento, que eu pareço diferente que o texto parece comigo, me pergunta se eu ainda sou romântica incorrigível… Qual é mesmo o seu problema? Eu nunca fiz nada de mais, nada além da vida que eu levo todo dia, que já levava antes e tenho levado desde a última vez que nos vimos, as coisas que tenho dito, que tenho pensado, é tudo ainda, tudo quase igual! Você diz que não, que mudou sim, que alguma coisa nos meus olhos não é mais a mesma coisa, e eu queria tanto dizer!  Mas ainda assim não disse. Não disse que não fui eu que mudei, desse jeito, bruscamente; foi você que não estava prestando atenção quando eu mudava. Foi você que me disse algumas palavras, duas cartas, umas músicas e só. Foi voce que estava longe quando eu te queria tanto - e que agora voltou dizendo que a menina que eu era não é mais o que eu sou. A menina, idiota, foi você que ignorou.

Frases, aleatórias

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Frases de músicas e livros, aleatórias; me lembrando, como sempre, a mesma pessoa.

Sobre o medo.

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Medo do escuro. Do monstro embaixo da cama. De ficar sozinho em casa. De subir muito alto e cair. De ir naquele brinquedo… Medo de dormir fora, sem a mamãe. Medo do bicho papão. Medo de falar em público, e de assistir filme de terror. Medo de andar de skate ou de bicicleta, de descer a rampa, de falar com aquela pessoa que faz seu coração bater mais forte - Nossos medos são muitos. A cada dia ganhamos novos, geralmente crias das experiências que temos, ou até dos jornais e revistas recheados de casos horrendos. O medo é velho amigo da raça humana, e parte integrante do ser como um todo. Ele serve, normalmente, para identificar e/ou nos proteger de uma ameaça, assegurando a sobrevivência… Mas e quando a ameaça é algo na verdade inofensivo? Ou será que um joelho ralado ou um "não" meio insensível nos ameaçam demais?

Sonhos

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E o que é mais lindo menina, é que os sonhos, eles nunca se apagam. Mesmo quando abandonados, esquecidos pelos seus donos e fabricantes, pelos seus sinceros amantes, os sonhos não morrem nunca. Eles sobem para o céu e se tornam estrelas, eles se incorporam num sorriso de criança, ou às vezes se guardam num fundo de gaveta na forma de uma carta, um projeto, uma página de diário. Os sonhos são mais doces que balas, mais leves que o vento - eles tem um silêncio barulhento, que grita dentro da mente. Sonhos são combustível de gente.

Medicamentos.

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Cada sorriso teu, me cura de dois mil males, me alivia de três mil dores, me impede amargas lágrimas. Você é meu antidepressivo, analgésico e antigripal preferido.

Pois é.

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E eu sinto falta, das nossas conversas, do seu abraço e também daquelas músicas que você cantava, com letras que eu não aprendi.

Cadê?

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Sabe o que é mais engraçado? Me parece que te perdi. Foi num instante, por acaso:  Olhei pro meu coração, e você não estava ali.

Saudades

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Estou morrendo de saudade. De você, do seu sorriso. Do seu rosto bem próximo ao meu, do paraíso em que a gente vivia. Inconsequentes, nós éramos, e talvez sejamos ainda. Tô morrendo de saudade do jeito que só você tinha de segurar minhas mãos, dos códigos, das piadas, das nossas guerrinhas fingidas e tantas coisas que não são grandes, mas fazem falta. Sinto saudade de nós.  Dizem que essas coisas passam, e eu espero que sim; mas não quero esquecer. Não vou esquecer nunca do que se foi, daquele amor, dos momentos. Pois embora não exista mais, um dia houve sentimento.

Antigamente

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Eu gostava mais de mim quando era menos melosa. Quando era mais forte e concisa, menos prolixa, mais decidida. Era melhor antigamente, quando eu só vivia pela vida.

An illusion about wind

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I looked at the wind today, the colors and leaves flying through... I'd like to be out there, walking in the wind with you. You'd see my hair getting messy, and none of us would care about - we would just look to each other, and laugh, and feel, and smile. I would grab your hand like I wish I could do so many times, and for a moment that would be you and me, no one more, no more pain, no more rhymes.  In the wind, we would be, letting all the bad things fly; feeling us, feeling all, feeling deep, hearing the voice of our hearts.

Esmalte novo.

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Você não soube que minhas provas mudaram, nem viu a cor nova do meu esmalte, é dourado sabia? Não viu que eu mudei o jeito de repartir meu cabelo, e nem que minha cor favorita agora não é mais vermelho. Você não viu minha nova mochila, não conhece meu novo colega, não me perguntou se eu gostei do novo professor. Não sabe que livro estou querendo, com quem ando falando, ou que agora eu dei de usar aquela blusa de frio bege que eu não gostava... Tantas coisas que você não sabe. Me pergunto se ainda sabe o quanto eu gosto de você.

Antigos Hábitos.

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Voltei a morder os lábios, e às vezes rôo as unhas. Voltei a fingir que não me importo, descartei um pouco de sinceridade... Estou voltando a antigos hábitos, velhos olhares, outras maneiras. Pelo menos eles são seguros, pois os conheço e já sei onde levam - os novos, não. Mas com os hábitos antigos, me sinto repetindo a história: Fingir, se sentir segura, se soltar, confiar em alguém, me quebrar; outra vez. Não quero isso. Eu quero que a gente se resolva, e que sigamos ambos em frente. E que, mesmo retrocedendo àquele velho jeito de sentir (tantos olhares, carinhos, abraços, sorrisos - hábitos que eu não quero perder nunca) de alguma forma, façamos diferente. Para que não dê errado, outra vez.  Para que não deixe meu coração com feridas como as dos meus lábios.  E a pergunta: conseguiremos?

Relacionamentos.

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É isso mesmo, sofrer, sofrer e sofrer. Ainda não achei outro jeito.  Quem sabe da próxima vez?

Influenciável

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Tenho me sentindo meio solitária ultimamente. Um tanto quanto... Inexpressiva, talvez. "Sei lá" "bem" e "eu acho" tem sido as palavras mais usadas. Nada de certezas, como as que eu tinha antes... Aquela decisão que brilhava, desafiadora, em meus olhos, subitamente se foi. Deixou em seu lugar uma apatia indescritível de sentimentos e ações. Gostaria de dizer que é uma mudança passageira, coisa de momento. Que eu controlo esses humores, essas marés; mas não. Seria mentira, já que não controlo mesmo - sou assim, influenciável. Pelos fatos, pelas pessoas, pelo clima, pelas notícias. Cada dia mudo um pouco, me melhoro ou me pioro um pouco mais. Pros outros, tem passado praticamente imperceptível, já que não demonstro; mas sinto.  E é assim mesmo que vão as coisas, que segue a vida - olhando, sentindo e passando por cima.

Comunicado:

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Isso está me matando por dentro, sabe. Cada dia mais.

Confusão!

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Eu queria tanto compor uma música Um poema que seja E dizer tanta coisa Que eu mesma não sei Onde começa Tá tão confuso aqui aonde a gente está E isso é brega mas enfim, não sei falar De um outro jeito. Por favor me ajuda Eu já não sei das coisas (e eu sabia tanto...) Mas esqueci, mas me perdi E agora sei quase nada Sei que entrei numa cilada Sei que não vou sair Sei que decisões doem, e elas tem que ser tomadas Mas eu não quero pensar, não agora Não perder... Não, não isso que a gente tem Tem que ter uma outra forma.

Uma impressão

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Não sei, tenho uma impressão sobre esse negócio de amor que, bem... A gente já foi melhor nisso.

Cuida agora.

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Ei, te amo. Não some de mim. Fica perto, fica junto, fica aqui. Não me deixa ir embora, porque se eu for, você vai querer voltar atrás. E ai, meu amor, pode já ser tarde demais.

Ser feliz.

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Se Deus é o único com poder pra nos julgar, então por qual motivo tanta gente insiste em dar opiniões, vereditos e sentenças? Para você que acredita, é um convite ao seu silêncio; e pra você que não, espero que tenha o bom senso de guardar a opinião. Não cabe a você, nem a mim, o papel de ser juiz. Não sei no que você crê, mas eu nasci pra ser feliz.

Esquecer

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Embora pareça ter esquecido, eu não esqueci. E eu sinto tanto a sua falta... A cada momento. Então não, não acredite no meu esquecimento! Se bem que, acho que quem esqueceu agora foi você...