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Mostrando postagens de julho, 2013

E aí

E as coisas que ela dizia me faziam entender A falta que faz alguém que esteja perto de você. Pensei em alguns momentos No que era certo e errado No que é melhor dizer Ou melhor deixar calado Pensei tanto e sobre tudo As escolhas, o futuro Quem será, quem será É a pergunta que ecoa. Acho que tenho respostas, Mas o tempo insiste em passar... Por favor senhor meu tempo Me traga algumas certezas Leve embora estas coisas todas Que tenho para duvidar.

Som e Fúria

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Estou pensando um milhão de coisas confusas. O mundo não faz sentido. A vida é um jogo cheio de som e fúria, mas que por fim não nos diz nada... Que sentido fazem os automóveis, as mordidas as picadas, as cobras na selva amazônica e o gás poluente das fábricas. Por quê há cãimbras em músculos, por quê essa palavra é estranha, de onde saem os sonhos e pra onde vão as lembranças... Ser ou não ser, eis a questão. Ser para quê - minha indagação.

Mormaço

O corpo: vazio A mente: estafada A alma: sorridente... Também estaria sorrindo o rosto, está por dentro mas não porque pesa e gasta energia. Sorrio por dentro e me basta. A areia nos dedos. O mar nos cabelos Colírio nos olhos E amor onde está. Na mente, lembranças no sol que descansa um dia de praia que não vai passar.

Quando te encontrar

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Quando te encontrar vou te abraçar daquele jeito que você reclama que eu quase te quebro. Quando te encontrar, vou arrumar seu cabelo e desarrumar e arrumar de novo infinitamente. Assim que te vir, antes mesmo de dar tempo de correr até você (sem dúvida, vou correr) estarei sorrindo com o brilho de um milhão de estrelas. Um milhão que é hipérbole mas juro, juro que não vai ser.

Guarda-chuva

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E se chover tristeza,  que eu proteja minha cabeça  com uma alegria doce e boba,  em forma de guarda-chuva.

Ilusão

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Por um segundo ou dois, o sol nos cabelos claros reluziu como diamantes. E o toque quente das suas mãos nas minhas, a música alta no quadro mental - cada letra tão própria. O assunto é um qualquer, assim como todos, assim como jamais será qualquer um assunto do qual tratemos. O vento vem e traz um gosto leve de chuva, do sol que se vai esconder em não mais do que algumas horas. E mais do que estar nós somos, difícil conjugação, somos amantes ao cair da tarde como tem que ser em todo bom clichê. Esqueço a vida que havia, os problemas, que havia só - não há mais nada agora, estamos de mãos dadas. Se fosse real, eu riria. Guardo a ilusão com cuidado, apenas mais um traço seu.

Quem dera

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Até quando vai durar Essa saudade sem medida Essa tristeza espremida Na alma, no peito, em tudo que faço. Até quando vou suportar Andar por caminhos errados Dizer coisas sem significado Fazer pelo bem do senso comum. Quem dera eu fosse um beija-flor E os dias, como os girassóis Se a vida nos deixasse por um instante a sós E o tempo parasse só nesse instante… Quero meu mundo utópico. Citação: Eterno Retorno - Medulla

Sonhos Caligráficos

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Na caligrafia confusa dos sonhos, escrevo a história qual eu gostaria de vê-la.

Eu, ele, o mundo

Perdida na madrugada escrevo coisas sem sentido. É mais fácil agora, que o mundo cala e me permite ser eu mesma sem interrupções. Há quanto tempo não experimento a sensação de estar sem regras, um vislumbre de intensidade nesta época tão perigosamente planejada. Respiro livre por alguns segundos apenas, a admiro a capacidade de vagar pelo mundo que determina minha coerência interna. Por um momento me questiono, me passo a limpo, defino os rumos da minha existência a partir daqui - o que vem agora? E daqui pra frente? O que quero, e como faço? A mente voa por causa dele. Ele, ser estranho às minhas concepções, absurdo, original, oposto a mim e tão semelhante. Ser que foge ao que eu sabia, e que ainda assim conheço tão bem. Ele, avulso objeto nas minhas divagações, modo novo do meu modus operandi . Ele aquele, a quem me refiro e por quem me calo, ou digo coisas que jamais diria a outros alguéns que conhecesse por um acaso qualquer semelhante ao primeiro em que nos encontramos. Ele,

Será?

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Eu sou só uma menina e sei pouco, muito pouco, sobre as coisas de verdade. Me confundo com retalhos, com amores, e com frases. Tenho um pedaço de vida muito grande pela frente, pra dar conta de pensar em tanto acaso e tanta escolha; será que é certo escolher alguma coisa desde agora?

Insubstituível

Sei que seus olhos se fecharam e eu não fui quem você viu. Sei que as minhas palavras são ecos de outras já ditas, sei que se for grave o meu número não vai ser o primeiro no visor. Sei que sou alguém provisório, que sou o que dá pra ter por enquanto, e não o que você queria. Acredite, eu sei como algumas pessoas na vida são insubstituíveis. Não importa o quanto eu me esforce, jamais serei a pessoa que você esperava que eu fosse. Não vou conseguir dar conselhos melhores do que já te deram, ser mais divertida do que outros foram, ser agora o que você teve um dia. Mas a preocupação, o cuidado, são grandes e não dependem da situação; não importa o que você faça, só por ser você, eu estarei lá. Posso ser provisória, mas meu amor é perpétuo.

Saudade colorida

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Um momento só de saudade, de pôr-do-sol de montanhas, de céu roxo rosa laranja lilás. E a lembrança do dia, de nós ali fora e aquele edredom cor de rosa, das flores no jardim e nossos sorrisos no verão. Agora está frio, os dias acabam mais cedo, seu cabelo mudou, seu rosto, seu sentimento. Os meus também, mas mudaram assim como mudam as estações - calmo, gradual, leve, colorido. Mudaram as coisas e tudo, mas tudo muda sempre e disso eu já sabia. Não sei se é bom ou ruim, ou se na verdade só é. Somos pessoas diferentes agora. Mas o que é pra ser, vigora: risadas, amigos, amores, nossas lembranças, desejos. Se for pra ser, será. Seremos. Serão. O que sei é que sinto falta, daquele jeito bonito de sentir; que a gente sorri e imagina que vai acontecer de novo na hora que der.