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Mostrando postagens de novembro, 2013

Fada do Chá de Hortelã

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Se eu pudesse seria uma fada, para curar todas as feridas do mundo. Levaria comida às crianças famintas, carinho aos que precisam, teto, trabalho e remédio. Levaria cuidado e amor. Sanaria dores com palavras doces. Se eu pudesse curaria tudo, cuidaria de todos, seria Madre Teresa. Seguraria ao colo quem está doente, os corpos frágeis, um sorriso fraco. Amaria a todos os bebês como se ninguém nunca os tivesse amado. Se eu soubesse, se eu tivesse forças, se eu tivesse posses, se fosse possível… Mas sei que não posso, e que não consigo. Que fazer, então? Um bule de chá de hortelã. Doce como o sabor da alegria, morno e cheiroso nessa tarde fria, quebrando o efeito da chuva lá fora. Uma coberta, um filme (comédia romântica) e ouvidos bem abertos, poço de cuidado para uma amiga triste, escorrendo chuva. _Já chega, meu bem, já chega… Eu estou aqui com você. Há muitas coisas que não posso. Mas as poucas que posso, farei! Chá de hortelã já resolve metade das dores de alg

Internet - Um desabafo

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Permaneço procurando sentido no que vejo, e a cada foto ou frase idiota eu desço e desço, procurando quem sabe nas postagens mais antigas algo que tenha algum valor. Ainda assim, é tão difícil. Quem sabe estar em busca do ainda não postado, constantemente esperando um salvador da humanidade, com conteúdo para me ensinar emocionar fascinar qualquer coisa que preste, mas não estes verbos passivos hipócritas medíocres (divertir-distrair-entreter), por Deus, não é essa a função do ser humano na Terra! Não nascemos para ser entretidos, alimentados constantemente com porcarias, ingerir lixo mental 24 horas por dia. Não é possível que haja quem se contente com isso, e estamos sempre falando dos pobres não, ou melhor, ignorantes não é, que soa politicamente correto; mas quem somo nós (esses neo-burgueses) para dizer algo a alguém? "A rede Globo aliena, eles não tem nada mais que fazer e só assistem televisão". Eles? Eles quem? Continue no seu discurso, senhorita, senhor! Pross

Por que vermelho?

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Chapeuzinho, que mal te pergunte, por que é que usavas vermelho? A cor do sangue. O sangue que corre nos vivos e escorre dos mortos, que borbulha de raiva e mancha, indelével, as mãos dos assassinos : vermelho é cor do destino. Sangue que obriga famílias, abriga doenças e rege ciclos. Vermelho sangue brilhante, quente nas pernas de quem de descobre mulher num instante de arrebatamento, ou asco, ou espanto, ou tudo, sangue-sina e assinatura do teu papel de filha de Eva. Não querias mais se menina, era isso? Sim… Vermelho cor do rubi, vermelho carmim dos lábios, das damas, vermelho-rouge. Cor de sedução e fetiche, cor de querer-não-poder e desejo… Uma sedutora em semente. Ou talvez… É por ser cor das rosas, das araras, da cereja, do tomate, da bandeira do Japão, sol nascente? Eram vermelhos os olhos perscrutadores do teu Lobo, Chapeuzinho. Lembra-te? Da sensação quente daqueles olhos na floresta, em tuas costas, seguindo-te qual radares, talvez laser, quem o sabe? O verme

Sobre luz e mariposas

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Toda noite de noite uma mariposa bate na minha janela. Se joga, desesperada, cabeceia (ou corpeia, perneia, sei lá eu) o vidro duro.  Imagino que em busca da luz. O que leva uma mariposa a buscar com tanto fervor uma luz que não vai alcançar? Ela é irracional. E porque não funciona em nós, humanos, esse instinto que  a move ao qual ela obedece, porque não o obedecemos também, se já fomos irracionais e hoje somos uma meia dúzia de células superiores, apenas? Nem mesmo as mariposas vivem a vida nas sombras. E nós, nós humanos, nós imagem e semelhança de Deus, nós mariposas evoluídas e blá-blá-blás darwinistas, oh Pai! Nós vivemos.  Sejamos como as mariposas.

Realismo

Sol e os pássaros da tarde. No sítio, as águas calmas do riacho e o ruído fraco da rede que balança. Ando meio árcade estes tempos, e toda aquela idealização de natureza. Mas a verdade é que não vivo só na rede, ou só de frutas. Há que se ter arroz, feijão, enlatados, panelas, fogões a gás, há que se ter margarina e molho pronto! Que seria de nós sem o desumano capitalismo?

Balões

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A vida pode ser às vezes Como um balão colorido Que sobe e desce no ar. A vida é muito engraçada Ela, ninguém controla É como se fosse um jogo Que aos poucos,  Se aprende a jogar.