Escolhas

Hoje, carrego na palma das mãos as possibilidades do meu amanhã.
Cada respiração de agora é pesada, é contada como se fosse uma parte do que construí. Posso me vestir de verde, ou colocar um vestido amarelo. Posso pentear o cabelo, ou não.
Posso passar maquiagem, posso estudar para a prova, posso ir bem na escola - ou não.
Posso transviar minha vida, perder-me (mais uma na esquina) ou numa fumaça qualquer que encontre por aí - ou escolher que não.
Posso me casar com alguém que ame, posso racionalizar o amor enquanto posso, tentar encontrar o equilíbrio entre possível e desejável, construir uma união de fatos que comece agora e dure pra sempre -  mas talvez eu não consiga.
Não depende unicamente de mim, isso é provado. Mas a parte que me cabe é assustadora, tão bonita, tão enorme, e se a minha vida for um futuro livro biográfico - quem garante que escrevi essa página do jeito certo?
Posso me casar jovem, ter filhos, contentar-me com a alegria simples de ser esposa e ser mãe.
Posso almejar mais longe, viajar o mundo, escolher a dedo as histórias futuras, desenhar meu mapa só de paraísos.
Posso servir a Deus sobre todas as coisas, posso ser feliz no espiritual; posso abrir mão do materialismo, lutar por uma causa social.
É tanta, tanta coisa. E começa agora, toda hora. Que haja sabedoria em mim para fazer as melhores escolhas - e que haja força para vencer o medo que eu tenho delas.




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