Dia de Glória

Depois de tantos cinzentos quadrados no calendário, o ano muda e enfim trocarei a folha. Os fogos vieram, se foram, mas eu mesma não comemorei.
O coração empedernido desacreditando das promessas, dos sussurros à meia noite, da alegria regada à champanhe...

E eis que surgem, no primeiro dia desse ano tão desprezado (ou um pouco mais além, pelo que diz o relógio), duas alegrias pelas quais eu vinha esperando desde 2012 passado.
A alegria do reencontro, a ressonância mental das conversas, dos sorrisos que eu há algum tempo não me permitia usar; tudo isso belo e dourado na celebração que não fiz.
Só posso, a esta hora, supor que o velho Tempo me prega peças. Mas de maneira tão sutil, e tão singela, que sou obrigada a acreditar nesse bebê-ano que engatinha alegre.
Quem sabe, Tempo, quem sabe esse teu filho me traga a tal paz...

O senhor sabe o que faz. Feliz ano a todos!

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