Saudade

Sabe o que me bateu agora? Saudade. Aquele sentimento de ausência, e de necessidade; de estranheza e de pertencimento. Essa coisa, esse tormento, vazio, melancolia... O gosto ainda na boca do doce que já acabou; o calor ainda emanando de um fogo que se apagou. As cores diminuindo conforme o cair da tarde, querendo levar embora seu dia mais bonito...A lágrima presa nos olhos que ameaça congelar por um segundo o coração. E depois dela, o contentamento; amigo velho dos que amam sem saber. 
Um detalhe apenas, um sorriso, que aquece a alma e vai aos poucos retirando a amarga solidão... Pois a saudade é agridoce. Traz lembranças doloridas, e ecos de alegria passada; traz a sombra das letras de um poema de amor esquecido, mas traz também o perfume de quem nunca mais abraçaremos. 
A saudade tem extremos.
E às vezes me visita. Às vezes se faz de amiga, às vezes se faz vilã. Tem dias que me deprime, tem dias que me ajuda... Certas vezes me mergulha numa apatia profunda; mas tudo bem. Tenho que estar de acordo, eu faço drama, e até que gosto, eu gosto um pouco, dessa saudade. 
Ela me lembra que quem sente falta, pelo menos teve de verdade. 

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