Sobre acalentar sonhos

Eu sempre gostei de sonhos. Gostava de sonhar alto e nem me preocupar se era possível (até hoje acho possível um conceito muito relativo). Queria ser escritora. Enquanto crianças, ninguém  maltrata nossos sonhos. Ninguém nos diz sobre mercado de trabalho, valores, empregabilidade, "vai morrer de fome", a não ser que seja muito malvado. Sonhos infantis são inquestionáveis, e ponto.
Mais tarde um pouco os outros começam a opinar. Muitas vezes sem perceber e em outras crentes de estarem contribuindo para o nosso bem estar, martelam desejos e moldam sonhos em formas pré-fabricadas, ou ao menos tentam (minha escritora interior persiste).
Até que, em algum momento, sua mente absorve todas as ideias já semeadas e começa a se questionar. E então (oh, dor!) nós jogamos fora alguns dos nossos sonhos. Ou os encaixamos dentro de novos planos, melhor recebidos pelos outros e mais condizentes com o futuro que queremos.

Mas o sonho é combustível humano, e costuma voltar com força total. Talvez convertido em outro nome, mas no fundo o mesmo desejo amado de antes. E você, como andam seus sonhos? Tem cuidado deles?

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