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Playlist

Jay's playlist: This is a playlist with most things I absolutely love in terms of music. First band/artist names, then one or more favorite songs by each, and a little comment in Portuguese on how I got to know this band and why I like it. Sorry English speakers, but don't be sad cause at the end there's a link to a youtube playlist I made with all of the stuff listed. If you would like to know me, if you already know me and want to learn more, if you feel like our hearts are connected through some magic force across the globe, or just wanna know some new music, here's the place to go. Might be subject to change as my taste changes. Playlist da Jay: Essa é uma playlist com a maior parte das coisas que eu amo em termos de música. Primeiro o nome da banda ou artista, depois uma ou mais músicas que eu gosto, e no final tem uma playlist do youtube com tudo que eu falo aqui para você ouvir. Se você me conhece, se quer me conhecer, se sente uma conexão comigo apesar da di

Aniversário

Aniversário  E cá estou, rumo aos 19 do mesmo jeito que um dia estive rumo aos 16. E pouco posso acreditar no paralelo que meu cérebro insiste em traçar entre essas duas ocasiões, que em tudo diferem. Primeiro, diferem na localidade geográfica. As duas se passam no Brasil, é verdade, mas a primeira será em são Paulo (e em Santos, por algumas horas) e a segunda foi em Pouso Alegre, sul de Minas Gerais. Uma foi comemorada com a família, a outra será comemorada com a namorada - coisa que eu nem sonharia aos 16, quando me encontrava no topo de um histórico de relacionamentos doentios ou problemáticos. Graças, agora eu saí dessa estrada. Aquele de nós que nunca caminhou por ela, que atire a primeira pedra…  Terceiro, o aniversário de 16 tinha um significado especial em termos pessoais. Eu já sabia então para onde iria, e que teria de deixar aquelas pessoas que tanto amava para embarcar numa longa viagem de avião rumo a longínquo pedaço de terra. O de dezenove representa muitas incer

Aterrorizantes possibilidades

Quando era mais nova, todos diziam com certeza que eu seria algo grande um dia. Advogada, diplomata, modelo, cada adulto colocava a própria expectativa no jogo de apostas. E quando se cresce ouvindo que você é muito inteligente, alta, estudiosa, dedicada, e por isso bem podia ser... Quando se cresce com seus adjetivos já enquadrados em possíveis carreiras, fica difícil não acreditar que será, de fato, alguma dessas coisas. Ou no mínimo alguma coisa, alguém com um diploma na parede e sucesso médio, alguém digno de todos os elogios depositados pelos seus professores de ensino médio que diziam que você passaria onde quisesse, que você escreve muito bem. E do alto dos dezenove anos, você percebe que na verdade não sabe se vai ser nada disso. Depois de alguns meses fazendo nada aos olhos da sociedade mas fazendo muito dentro de mim, sigo revendo meus próximos caminhos. Um pouco já está decidido, e está claro como água, mas um pouco eu tenho medo. Tenho medo da incerteza do que eu ainda

On the sense of continuity

I must admit that I keep hoping for it all to be the same when I am back. Or actually, better. I keep imagining little flashes of routine, you frying something in the kitchen the smell of melting butter and the shhhhh it makes when hot, wearing a shirt that's too big for you while the sun comes in through a window. Me decorating our new apartment putting flowers everywhere and buying tablecloth and pillow covers, me worrying about all the little details like bed linen and the color of the cups. As you say, killing it with kindness, being a control freak in the sweetest way, saying you can buy all the kitchenware you want but only in this specific color, babe, otherwise it doesn't fit the plates.  I must admit that I make plans. Of all the beautiful things I could bring from all my trips, of sleeping and waking up by your side, even the fights we'd have over how many times your friend comes over for lunch doesn't she have a job if she keeps eating our food might as we

Para a baiana do sorriso aberto

Meu bem, sei que as coisas nem sempre vão bem. Apesar do pouco que me contas, eu adivinho que a vida por aí não é nenhum mar de rosas, como não o é pra quase ninguém. Eu não sei da tua dor nem da tua confusão, eu não sei do que está cheio teu coração. Mas eu sei o som da tua voz, eu sei o calor do teu abraço, e eu sei o brilho do teu sorriso. Eu sei o quanto te quero bem, e o quanto me dói saber que tens estado por aí, barco à deriva do mar de Salvador, apanhando das tempestades cotidianas. E embora esteja tão longe, te mando os abraços que quis e não pude. Te mando o bem querer que não posso te dar. E peço que se lembre de nós, de mãos dadas na noite quente, do mar visto do mirante. Das intermináveis viagens de ônibus, de sentar na grama, de caminhar na orla e ouvir as ondas quebrando na praia. Das coisas que rimos e dissemos. De tudo o que não deu tempo, não deu jeito. E vou te contar um segredo: era disso tudo que eu lembrava, quando chorei. O avião subindo, o dia lindo, e eu escor

If Mother Armenia could speak

If Mother Armenia could speak, today I would hear her say What have you done To my children A hundred years ago? A hundred and now one more I can hear their voices screaming. These years have gone, but their pain has not It won’t go until you have spoken. Be brave, sister We have stood side by side so long Be brave and admit your wrong. We feed our children the same grains We give them mountains and pastures green Sister, what have you done And why won’t you speak of it? We used to be all just one And so it could be again But not until we have heard These voices that still remain. Can you hear them? In the wind that reaches you East Can you hear their unholy graves Tombstones without a name? What you have suffered, my children A century cannot erase... Speak, O Sister, I beg! Speak so that they can rest!

Cores e texturas

A UWC abriu a minha vida para uma tonelada de cores e estampas que antes não eram. Encheu meu feed de notícias com recados dos quatro cantos do mundo, com lutas de grupos que eu não sabia da existência, com fotos do mundo inteiro e cantares que não são os meus. Encheu de ritmos de outras terras, de olhos escuros profundos e olhos azuis translúcidos, de verde das árvores tropicais e de marrom e branco das montanhas. Encheu minhas mãos de texturas, esfregou meus pés com a terra áspera dos vales no outono, com a fragilidade quebradiça de folhas amarelas que as árvores, em sua não-necessidade, devolvem ao solo para enfeite das ruas da cidade. A UWC me deu um pôr-do-sol cor de rosa e as nuvens flutuantes sob o azul do céu de verão em Dilijan. Me deu um senso de continuidade: cruzar a escola toda manhã e ver a montanha mudando, as árvores se vestindo de verde, depois amarelo, laranja, vermelho, despindo-se em marrom, vestindo-se brancas de gelo, até que lentamente a neve derrete e elas se v